sexta-feira, maio 19, 2006

Massagem: uma Prática Universal

Decidi fazer este blog porque sou adepto, quase que incondicional, da maioria dos tipos de massagens. Minha história com esta prática começou nos anos 70, quando descobri o Do-In e que algumas de suas propriedades eram realmente maravilhosas. À mesma época eu tinha duas amigas que eram hábeis como massagistas e que faziam minha felicidade. Uma delas, descendente de japoneses, havia aprendido com a família como massagear os ombros e o pescoço, e era muito boa nisto. A outra, que talvez tivesse o dom inato para a coisa, fazia um tipo de massagem na sola dos pés extremamente relaxante, que, anos mais tarde, descobri se chamar reflexologia. Hoje, minha esposa, com suas mãos que são uma dádiva, muitas vezes me “amolece”, quando estou duro de tanta tensão, ou me reconstrói o ânimo e o vigor, quando sinto dores pelo corpo.

O quê mulçumanos, uzbeques (nativos do Uzbequistão), havaianos, aborígines australianos, indianos, suecos e japoneses têm em comum?
Bem, é claro que a resposta é que todos estes povos e muitos outros fazem massagens. Certamente não é a única característica comum a todos, mas dá uma noção de quanto a massagem é popular. Na medida em que comecei a me interessar cada vez mais pelo tema, observei que se massagear ou fazer massagem nos outros é uma prática extremamente comum e disseminada entre os povos de quase todas as partes da terra. O jornalista Sérgio Túlio Caldas escreveu um livro muito bom que se chama “Nas Fronteiras do Islã”, um relato de suas viagens por desertos, montanhas e entre os povos mulçumanos. Num trecho do livro ele conta que em sua viagem ao Quirguistão (um país, ex-república soviética), quando estava na cidade de Bishkek, a capital, ele e seu companheiro de viagem contraíram uma violenta infecção que os deixou fracos, com febre alta e amarelados. A solução foi providenciada por uma massagista russa, de 80 anos, chamada Atayeva que... “os massageou da ponta dos dedos às orelhas, virou-os de lado, torceu seus pescoços, punhos e juntas, pressionou costas e estomago, esticou braços e pernas, vigorosamente durante uma hora”. Segundo relata Sérgio, um dia depois eles estavam completamente bons. Ele diz também que a tal massagista havia aprendido o ofício com um chinês. Não é preciso um exemplo maior de disseminação e globalização: uma massagista russa no Quirguistão fazendo massagem chinesa em um brasileiro.

Tendo em vista os evidentes prazer e muitos benefícios que as massagens podem proporcionar, o que é comprovado pela universalidade de sua prática, fica claro que saber um pouco sobre o tema sempre poderá ajudar. E é para isso que este blog será construído.

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